Após o casamento, qual é a recém-casada que não quer passar uns diazinhos longe de tudo com o seu marido? Eu não fui exceção e quem me segue sabe-o bem pelo spam que fiz com as fotos da minha lua-de-mel nas Maldivas. Hoje vou contar-vos tudo sobre esta viagem.
ANTES DE VIAJAR
Em época de COVID, a viagem começa mesmo antes de entrar no avião. Para a minha lua-de-mel nas Maldivas, nós tivemos que realizar um teste PCR até cerca de 90h antes. Uma vez que nós casamos em época de feriados, optamos por realizá-lo numa segunda-feira (dois dias antes da viagem).
Com o teste negativo na nossa posse, temos que preencher um questionário (bastante chato por sinal) designado de IMUGA. Com o inquérito completo, é gerado um código QR que tem a validade de apenas 24h. Por isso se, por exemplo, viajarem como eu às 14h mas só chegarem a Malé às 7h, significa que só podem realizar o inquérito após esse horário. Eu imprimi este código porque estava com receio de ficar sem bateria, mas podem perfeitamente levar um print screen do telemóvel.
Alerto-vos novamente que sem o teste PCR negativo, o código do IMUGA e um passaporte válido não poderão viajar. Relativamente ao passaporte também vos previno para, caso não o tenham, o fazerem com tempo. Neste momento estes serviços estão com uma espera prolongada. Por isso, para não ficarem em terra, tratem com antecedência deste documento.
NO AEROPORTO
O pior de uma viagem às Maldivas é mesmo a quantidade de horas que vocês levam a lá chegar.
Para uma viagem de longo curso, convém mesmo estarem cerca de 3h antes no aeroporto para garantirem que tem tempo para tudo – verificação de passaportes, despacho de malas, segurança, etc. A parte pior de estarem tanto tempo neste local em época de COVID, é que assim que colocam a máscara no aeroporto só a voltam a tirar quando chegarem a Malé. Por isso, aquilo que vos aconselho é quando se sentirem mais incomodados, para irem à casa-de-banho aliviar um bocadinho o uso da máscara, para além de que não se podem esquecer de a trocar de 4h em 4h. Para a minha lua-de-mel por exemplo, eu levei entre 4 a 5 máscaras extra na mala, por via das dúvidas.
A VIAGEM

Há muitas opções para viajar até Malé – via Qatar, Frankfurt, Istambul. Nós escolhemos ir pela companhia Emirates e por isso a nossa escala foi no Dubai. Viajamos em classe económica, no entanto, ainda tentámos fazer o upgrade para executiva. Mas a discrepância de valores era demasiado grande e nós achamos que com o valor que poupamos podíamos fazer outra viagem.
Na verdade, o que achei é que era uma viagem longa mas não foi de todo péssima. Os aviões eram excelentes e mesmo que não levem nenhum entretenimento, tem sempre uma grande variedade de filmes e séries que podem ver e o staff dá-vos duas refeições, uns snacks, um kit COVID com máscara e álcool gel, uns auscultadores, uma almofada e uma manta caso queiram adormecer – a não esquecer que é uma viagem de 7h30.
Saímos de Lisboa por volta das 14h e chegamos ao Dubai era quase 1h. No entanto, a escala era mesmo muito curta. Apenas deu tempo para ir à casa-de-banho, comprar uma garrafa de água e ir para a porta de embarque. Às 2h30 já estávamos no avião em direção a Malé. No entanto, esta viagem custou-me mais tal era a ânsia de chegar às Maldivas e começar a minha lua-de-mel (chegamos às 7h40).
Quero também alertar-vos para uma questão: Não sei até que ponto é mesmo assim, mas na dúvida vamos seguir estas regras. Tanto no Dubai como em Malé regem-se pela religião muçulmana e por isso aconselho às mulheres a não irem de saia curta ou calções, decotes ou ombros à vista. Eu por exemplo levei um fato de treino, até porque era mais confortável para a viagem. Também não se esqueçam de deixar as demonstrações públicas de carinho para quando chegarem ao resort.
A CHEGADA ÀS MALDIVAS
Assim que chegamos a Malé e saímos do avião, sentimos logo aquele clima tropical. Pessoalmente senti-me logo bem, confortável por sentir aquele calorzinho na espinha e só queria chegar ao resort.
Nós ficamos no Meeru Island Resort & Spa e por isso, mal saímos do aeroporto tínhamos alguém à espera dos turistas que iam ficar neste hotel numa pequena banca. Para chegar à ilha ainda tínhamos uma hora de viagem de lancha rápida (e para a malta de estômago fraquinho como eu, aconselho a levarem um comprimido para os enjoos. Vão mesmo precisar). Nós nos aviões não tínhamos dormido nada, então estávamos quase de direta e aproveitamos a lancha para dormir um bocadinho. Mas se pensam que é um barquinho qualquer enganam-se. Parece que estamos a andar num autocarro – a única diferença é que estamos no mar.
Em termos de horários os maldivianos são extremamente cumpridores. Após 1h certinha, estávamos na ilha. Fomos recebidos por funcionários que estavam a tocar uma melodia à nossa chegada e fomos para uma área enorme onde fizemos o check-in. Foi um bocadinho chato porque ainda demoramos, mas ofereceram-nos um chá frio, que com o calor soube realmente bem.
Após o check-in, fomos para o nosso quarto (o que escolhemos foi o bungalow sob a água – se é para ir de lua-de-mel, é o mais romântico possível), mas se vos posso dar um conselho levem uma muda de roupa na mala de mão. Ainda tivemos que esperar cerca de meia hora pelas nossas malas e estávamos mortinhos para colocar algo mais fresquinho.
A ESTADIA
O meu resumo da estadia no Meeru na minha lua-de-mel tem nota máxima. Acho que, realmente, não podia ter escolhido melhor hotel. Tomei conhecimento dele há uns anos quando uma rapariga que conheço esteve lá na sua lua-de-mel e acho que já na altura tinha ficado com ele na memória. Então, para a minha lua-de-mel, nem equacionei ir para outro.
O resort estava dividido em duas áreas, cada uma com o seu restaurante próprio em buffet e gift shop. Existiam duas piscinas lindíssimas – uma delas com uma área para crianças, que era onde normalmente ficávamos de manhã por ser mais perto do pequeno-almoço, e outra juntinho ao mar, onde dava para estarmos na piscina ao mesmo tempo que olhávamos para o horizonte azul.
Quanto ao bungalow, fiquei seriamente impressionada. O quarto era enorme com uma cama king-size e onde ainda cabia um sofá. Assim que acordávamos (cedinho) olhávamos para o mar e podíamos ir diretamente refrescarmo-nos. O quarto (que era mais uma casa) também tinha um closet, uma varanda com jacuzzi e a enorme casa-de-banho que fiquei impressionada por não ter porta virada para a varanda.
Nas Maldivas também também se vê vida animal aquática (principalmente se ficarem num bungalow). Para além dos peixes variados que vemos a passar ao redor do nosso quarto, ainda podemos ver tubarões, raias, lulas e, se tiverem sorte, tartarugas.
Muitas pessoas também se preocupam com o tempo que faz nas Maldivas, principalmente na altura em que fui, em Junho. Mas eu creio que tivemos alguma sorte. Apanhamos um tempo fabuloso em que apenas choveu duas vezes. É uma chuva relativamente rápida por norma (para além de também ser quente). A primeira vez que choveu na minha lua-de-mel, estava deitada na espreguiçadeira. Quando me levantei, segundos depois, para voltar ao quarto, parou. Da outra vez que choveu foi no último dia, quando estávamos na piscina com a minha querida Martinha e o marido Francisco, uma seguidora aqui do blog que encontramos por lá. Desta vez, nem nos mexemos.
OS PONTOS MENOS POSITIVOS
O único detalhe mais negativo que posso falar sobre a minha lua-de-mel nas Maldivas é a fraca rede wifi que normalmente só funciona bem perto de espaços interiores, como é normal. Sendo uma ilha se estivermos a passear, não temos internet (e por favor, nunca liguem os dados).
Para pessoas como eu que basta respirarem para serem picadas por mosquitos, também aconselho a levarem um repelente (o da marca previpik para destinos tropicais é ótimo) e por via das dúvidas, algo para quando forem picados. Se forem para o Meeru, há um spray chamado after bite que foi o que me salvou durante os dias que lá estive.
Independentemente do vosso tipo de pele, também é essencial levar um protetor fator 50, uma vez que, pode não parecer mas o sol é bastante forte. Logo no primeiro dia fiquei com um escaldão no nariz o que, como devem calcular não foi nada agradável e o meu marido ficou com as costas escaldadas – bendita ideia de levar biafine.
O QUE FAZER
Estar nas Maldivas não significa apenas estar deitada de papo para o ar a apanhar sol. Muito pelo contrário.
Para os mais aventureiros e amantes do mar, podem fazer os mais variados desportos aquáticos, tais como snorkelling, jet ski, windsurf. Na verdade, esta é normalmente a opção da maioria dos casais, já que aproveitam para ver as mais variadas espécies de animais. Ao redor da ilha, tem vários locais específicos para esta prática e é comum vermos bastantes grupos por lá.
Mas se por outro lado, forem um casal de “pés bem assentes na terra”, tem alguns desportos que podem fazer – ténis, golf, ping pong. Para além disso, ainda tem um salão de jogos com snooker e dardos.
Os mais românticos como nós, certamente irão escolher fazer o jantar romântico na praia. Foi das coisas que mais gostei de fazer por lá e aconselho a qualquer casal que vá para este resort. É mesmo um momento memorável em que é preparado um cenário com velas e música romântica.
Para além disso, este hotel tem um spa que, a meu ver, foi dos melhores onde já estive. Algo que me cativou de inicio é que as massagistas pedem-nos para escolher uma pedra cada um. Estas pedras tem uma palavra escrita e durante a massagem, elas colocam-nas no chão e estamos o tempo todo a olhar para elas.
A COMIDA
Estávamos em regime tudo incluído então fizemos quase todas as refeições no restaurante buffet. A comida era divinal e havia opções para todos os gostos – sem glúten, sem lactose, vegetarianos, vegans, pratos de peixe, de carne, etc. Em alguns dias também tivemos jantares temáticos. Apanhamos num dia alguns pratos com inspiração italiana e, o meu favorito, o jantar das Maldivas. Fiquei viciada no chapati de côco! A comida das Maldivas tem muitas influências da India e Sri Lanka. Utilizam imenso o atum e o côco nos seus pratos típicos, já que é algo que tem em abundância.
Ainda sobre a comida e no regime de tudo incluído, tínhamos um jantar gratuito num dos restaurantes da ilha. Escolhemos um asiático onde provamos um menu divinal. Algo que me cativou imenso foi a preocupação de cada um sobre o que podiamos ou não comer. Eu referi que tinha uma alergia alimentar e eles garantiram que nada levava esse alimento .
Uma das coisas fora do regime que decidimos aproveitar foi o jantar à luz das velas na praia, como já tinha referido acima. Colocaram uma mesinha à beira-mar, decorada com luzes a perfazer um coração e música ambiente e lá ficamos nós a aproveitar a refeição numa ambiente fantástico, perfeito para lua-de-mel.
O AEROPORTO DE MALÉ
Bom, talvez por estar bastante cansada (e porque estava a sair do paraíso) mas a volta foi um bocadinho mais complicada. Pessoalmente estava mais ansiosa com a viagem – pela lancha, pelo avião (porque ia por uma companhia inferior mas pertencente à Emirates) e porque iria ter uma escala superior à que tive na ida.
A viagem de lancha foi um bocado atribulada. Nós saímos do hotel às 19h00 e a essa hora o mar já estava um bocado agitado, pelo que tive que fechar os olhos até chegar a Malé. Só sentia o barco aos saltos e a bater nas ondas com tanta força que juro que pensei que iria desmantelar-se.
O aeroporto da cidade é bastante pequeno (algo que à partida já sabíamos, mas agora que temos que ficar mais tempo por lá confirmamos). O check-in correu bem, mas como havia muitas pessoas (maioria portugueses) que não tinham o questionário Clean & Safe de Portugal preenchido, foi um bocado demorado.
O interior do aeroporto de Malé apenas tem umas lojinhas, um café, um Burger King e uma banca de souvenirs. É um bocado confuso, admito, mas como disse ao marido na altura, ainda bem que é assim pois só queremos chegar a casa e já não ficamos tristes por sair do paraíso.
A VIAGEM PARA PORTUGAL
Viajamos para o Dubai pela companhia FlyDubai. Associei a viagem por esta companhia a uma, por exemplo, da Easyjet. Não a detestei, mas foram 4h que passei a dormir por logicamente não ter o conforto da Emirates.
Chegamos ao Dubai perto das 3h e tínhamos uma escala ainda longa já que o nosso voo era só às 7h. No entanto, este aeroporto é enorme, cheio de lojas (e algumas em que realmente vale a pena entrar) cafés e restaurantes abertos 24h e por isso nem demos pelo tempo a passar e foi uma escala super tranquila.
Novamente, o voo de volta foi pela Emirates. Desta vez não adorei tanto como a ida para as Maldivas. As hospedeiras não eram nada simpáticas, não havia qualquer empatia e o que nos safou foram mesmo os filmes e as séries. Chegamos a Lisboa por volta das 12h e, apesar de muita gente referir que em Portugal não nos pedem nada, a nós pediram logo o selo Clean & Safe e o PCR negativo.
E pronto malta, este foi um pequeno resumo da minha viagem ao paraíso. Espero que tenham gostado e que vos tenha feito ficar com uma pontinha de vontade de visitar as belas Maldivas.
Quem vai para lá de lua-de-mel, ainda pode ver na minha página de instagram um destaque exclusivo à minha lua-de-mel.
E vocês? Vão para as Maldivas de lua-de-mel ou escolheram outro destino?
1 comentário
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